quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Movimento Slow... estou fã!


Quando há uns anos passava uma reportagem na TV sobre Slow Food, adorei a ideia. Mas pensei: "Ok, isto é muito bonito! Mas... e tempo para pôr em prática?". Contudo, cada vez mais me tenho vindo a interessar por este movimento (que entretanto se abriu a outras áreas da vida, para além da gastronomia).
 
Mas o que é isto do Movimento Slow?
O Movimento Slow preconiza que vivamos num ritmo que induza o nosso bem-estar global (a ideia básica é que abrandemos um pouco), para que possamos saborear o que está à nossa volta, para que levemos uma vida mais saudável e mais feliz. Mas os ganhos não são somente pessoais, mas para a nossa comunidade, o nosso meio ambiente, etc. (podes obter mais informações na página do Slow Movement Portugal ou, na página internacional The Slow Movement). (Nota: a ideia deste movimento está longe de ser contra o desenvolvimento. Pelo contrário, apela sim a um "desenvolvimento sustentável e solidário", que não tenha somente em conta o dinheiro, mas também o bem-estar das populações e o equilíbrio do meio em que vivem.)
 
Como referi inicialmente, este movimento espalhou-se a várias áreas, e cada uma delas indica-nos caminhos para saborearmos melhor a vida, a para melhorarmos a sociedade em geral.
 
Algumas áreas do Movimento Slow:
 
Slow food - Surgiu em oposição ao Fast food e ao ritmo de vida acelerado. A ideia é criar tempo para cozinhar com prazer, comer calmamente, apreciar os alimentos e as refeições com a família/amigos. Mas o slow food vai mais além. Também tem que ver com os ingredientes que são usados que devem ser bons (deliciosos, frescos, capazes de evocar memórias felizes), limpos (produzidos sem uso excessivo de recursos como combustíveis e sem prejudicar a saúde humana minimizando, por exemplo, o recurso a pesticidas) e justos (pagando o preço justo pelos custos envolvidos no processo).

Aqui a única coisa de que não sou adepta, é o facto de cozinhar lentamente (o que não significa que não adore comer refeições confecionadas assim). Mas o meu estilo na cozinha é mais do género do Jamie Oliver... de cozinhar em 30 minutos, máximo 1 hora. Na parte de comer, aí já adoro prolongar o momento... Gostos...

Slow travel - Tem que ver com apreciar a viagem, ir nas calmas, envolvermo-nos com a cultura local, apreciar cada detalhe. Sabem aquelas pessoas que querem visitar de tudo um pouco e acabam mais cansadas nas férias, do que antes de as tirar? A ideia é fazer justamente o oposto e... francamente é algo que me agrada.

Downshifting ou simplicidade voluntária - Tem que ver com a redução de preocupações, de objectos, de obrigações, com o intuito de ganhar tempo para o que considerarmos prioritário (estar com a família e amigos, cuidar da nossa saúde, fazer algo que adoremos). Esta filosofia de vida interessa-me... até porque tem muito que ver com o combate ao stress.

Slow cities - A ideia é tornar as cidades em locais onde se possa criar melhor qualidade de vida para os seus cidadãos: com muitos espaços verdes - bonitos e arranjados, edifícios preservados, zonas pedonais e espaços para confraternização, acessibilidades para todos. É igualmente incentivado o comércio local e vivência das tradições da região.

Slow parenting - Tem que ver com o permitir que as crianças tenham tempo para serem crianças, para desfrutarem das brincadeiras. O objectivo é criar crianças felizes e não integrá-las em mil e uma actividades, pressionando-as para serem as melhores em tudo. De notar que aqui ninguém está contra a dedicação para obter bons resultados, mas sim contra a pressão excessiva. A ideia é fazer tudo com equilíbrio.

Slow sex - Será que é preciso explicar? A ideia é fazer tudo nas calmas, para intensificar o prazer. Bem... e não entro em mais detalhes.

Slow fashion - Este é um tipo de moda muito especial. Deve ser durável (por oposição à roupa que no ano seguinte sai de moda), optam-se por produtos de vendedores locais ou provenientes de comércio justo, utilizam-se tecidos antigos reciclados (transformando aquele vestido que deixámos de usar, em algo bem giro) ou tecidos novos biológicos, opta-se pela qualidade em detrimento da quantidade. Este é também um estilo de moda mais personalizado e menos padronizado e onde se valoriza o «faça você mesmo».

Há mais áreas slows, acreditem, é todo um mundo por explorar. Mas a tónica principal é mesmo o «saborear» as coisas, o ser solidário, o respeito pelo ambiente e a busca de uma vida saudável e feliz... tudo ideias que me agradam!

Foto: Chimpr

3 comentários:

  1. Gostei da ideia! Agora a colocar em prática.... Beijnhos.

    www.viajarso.blogspot.com

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  2. Tem tudo a ver comigo. Há um ou outro ponto que não é 100% realizável para mim.
    Em prática também ponho quase todos.
    A vida não passa a correr, nós é que passamos a correr na vida. Abrandar é viver com intensidade cada momento.

    Beijinhos e parabéns pelo post

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  3. Também sou fã do movimento Slow. Por mais que viva a vida a mil à hora, porque gosto de chegar a todo o lado, tento a cada momento aproveitar ao máximo o que estou vivendo/experimentando e tento pôr em prática os pontos que apresentou - e muito bem - neste post.

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