domingo, 11 de julho de 2010

Lembranças felizes

Li algures que uma forma de trazer felicidade ao nosso dia-a-dia, é recordarmo-nos de momentos felizes já passados. Isto não significa (de todo), desistir do presente e do futuro. Trata-se simplesmente de uma técnica (comprovada por estudos científicos) em que uma forma de trazer felicidade ao nosso quotidiano, é recordar momentos de felicidade.

Então e que recordações nos poderão proporcionar alegria? Basta imaginar os pensamentos que alguém teria no seu leito de morte. Será que diria: "Bolas! Devia ter trabalhado 50 horas por semana, ao invés de 40. Isso ter-me-ia feito feliz". "Se calhar fiz bem em desperdiçar o meu tempo, horas e horas consecutivas a ver televisão", ou ainda "Que bom que gastei dinheiro na minha liquidificadora, nos meus vinte pares de calças, em todo aquele material de escritório que nunca usei e que me atafulharam a casa"? Não me parece que seriam estes os últimos pensamentos de quem quer que seja.

As melhores lembranças são por vezes as coisas mais simples e banais que ocorrem no nosso dia-a-dia (às quais nem sempre damos o devido valor): os momentos que passamos com a nossa família, aquela viagem de sonho que aguardámos com tanta ansiedade, as noites de Natal da nossa infância, aquelas vezes em que o nosso marido nos surpreende com um ramo de flores...

São momentos como estes, que nos fazem sorrir, que devemos inclusive promover no presente, para adquirirmos cada vez um maior reportório de memórias felizes.

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Eis algumas sugestões para experienciar da forma mais vívida possível os seus momentos felizes, ou para ajudar os que lhe são próximos a fazê-lo:

- crie álbuns de fotografias ou organize os filmes que tenha efectuado, durante os seus momentos felizes, com os respectivos títulos identificativos (no meu caso particular tenho organizadas as minhas fotos da lua-de-mel pelos diversos países que visitei; possuo igualmente filmes organizados por datas dos momentos mais originais da minha filha [assim poderei sempre vê-la a comer a primeira papinha, a sentar-se pela primeira vez, a desarrumar as minhas revistas, a dar os primeiros passos, etc.]);

- construa uma (ou mais) caixa de felicidade, onde possa guardar recordações dos seus momentos felizes (a minha tem desde os objectos mais vulgares aos mais estranhíssimos que possamos encontrar: bilhetes de entrada no palácio barroco de Ludwigsburg, 2 penas azúis de um gaio que tive na infância, um frasco de perfume que usava na adolescência quando ia fazer uns longos passeios de bicicleta com os amigos, uma rosa vermelha já seca que o meu marido me deu, os jornais comprados no dia em que me casei e em que a minha filha nasceu, a primeira roupinha usada pela minha filha... enfim, coisas meio esquisitas, outras não tanto, mas que me fazem sorrir);

- crie um diário de momentos felizes, se possível ilustrado (vou deixar um diário destes à minha filha, uma vez que comecei a registar os acontecimentos mais relevantes da minha gravidez e da evolução da minha bebé no seu primeiro ano de vida - até vai perceber o porquê do seu nome, os acontecimentos marcantes da data do seu nascimento e quando sorriu pela primeira vez [tudo com muito sentido de humor pelo meio]);

- organize propositadamente eventos que poderão vir a tornar-se em memórias felizes (pessoalmente estou a preparar «o momento especial da semana» - trata-se de uma actividade a realizar semanalmente em família, diferente da rotina diária: para o próximo fim-de-semana planeámos um piquenique em família, num local especial).

1 comentário:

  1. Comentário no Facebook:
    ANA P.G. - Não tenho palavras para descrever o que li. Simplesmente magnífico! Sempre escreveste muito bem! Beijinho!

    MAFALDA S. - Gentil, como sempre... :))

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